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Passo a passo | Vinhos de Talha
Passo a passo | Vinhos de Talha
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date_range Jun 12, 2020
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Os vinhos de talha são por si só vinhos diferentes, vinhos distintos. Numa época em que os vinhos mundiais caminham para a standardização, numa lógica de vinhos fáceis e redondos. Os vinhos de talha são “vinhos à moda antiga, com maceração prolongada de 2 a 3 meses, pelo que o vinho vai buscar tudo às uvas e as uvas são um reflexo do terroir e das castas”. São vinhos mais rústicos, mais sóbrios, onde se sente a terra, com muita boca e muita estrutura. Quando jovens são discretos no nariz, mas com o tempo ganham aromas de cera, âmbar e mel nos brancos e compota e fruta muito madura nos tintos. São “vinhos de talha mais clássicos… mais simplista… mais fiéis ao que se fazia antigamente…mais perto da base do vinho de talha”.

Os vinhos de talha são por si só vinhos diferentes, vinhos distintos. Numa época em que os vinhos mundiais caminham para a standardização, numa lógica de vinhos fáceis e redondos. Os vinhos de talha são “vinhos à moda antiga, com maceração prolongada de 2 a 3 meses, pelo que o vinho vai buscar tudo às uvas e as uvas são um reflexo do terroir e das castas”. São vinhos mais rústicos, mais sóbrios, onde se sente a terra, com muita boca e muita estrutura. Quando jovens são discretos no nariz, mas com o tempo ganham aromas de cera, âmbar e mel nos brancos e compota e fruta muito madura nos tintos. São “vinhos de talha mais clássicos… mais simplista… mais fiéis ao que se fazia antigamente…mais perto da base do vinho de talha”.

COLHEITA MANUAL

Maneira tradicional de colher uvas que envolve simplesmente cortar os talos de cada cacho individualmente e depositá-los num depósito apropriado. Os depósitos de uvas então são transportados à vinícola para o processamento.

Há numerosas vantagens neste método:

?      Pequeno ou nenhum dano aos cachos de uvas.

?      Os coletores conseguem selecionar cachos individuais de acordo com o nível de maturação, também podem descartar uvas não saudáveis.

?      Não há limites quanto ao terreno, espaço entre as filas e condução da vinha.

?      Pouco equipamento é requerido, tesouras ou facas e cestos para depósito.

RIPANÇO

O ripanço é uma técnica que remonta aos tempos romanos, tradicionalmente utilizada no Sul de Portugal para “desengace” manual das uvas.

Assim, a técnica do ripanço consiste no “desengaçamento” das uvas à mão com o auxílio de uma mesa própria para o efeito (mesa de ripanço) constituída por várias ripas de madeira. Desta forma os taninos duros do engaço não são extraídos, resultando num vinho mais suave e macio, com maior elegância.

FERMENTAÇÃO

A fermentação termina geralmente em até duas semanas e leva-se mais algum tempo até que a parte sólida dos cachos (chapéu) se deposite no fundo. Aí, os produtores ou esvaziam a talha passando o vinho para outra (e posteriormente engarrafam) ou apenas colocam uma torneira no orifício do fundo para poderem servir o vinho (como se costuma ainda encontrar em tabernas mais tradicionais). Lembrando que a parte sólida auxilia na filtragem do vinho, tanto no trasfego quanto na abertura da talha para consumo direto. Brancos e tintos são feitos da mesma forma, e também é comum a mistura dos dois tipos de uva, dando origem a um vinho rosé conhecido como “petroleiro”.

TALHAS

Diferentemente de uma ânfora, a talha é um recipiente grande (algumas têm perto de 2 metros de altura) que pode conter cerca de 2 mil litros. Por ser feito de um material poroso, é preciso impermeabilizar seu interior, o que antigamente era feito geralmente com uma resina de pinheiro – chamada de pez louro – ou ainda cera de abelha. Essa resina, aliás, deixava seus traços no vinho, e acredita-se que essa característica resinosa era bastante apreciada séculos atrás. Hoje, usa-se epóxi e outros materiais que não interferem tanto no vinho.

O formato das talhas também não é totalmente uniforme. As talhas do centro oleiro de Cuba tendem a ter forma de um nabo, com maior ca - pacidade, e são mais bojudas que as produzidas nas demais localidades. Já as de Vila Alva são conhecidas pela sua configuração tipo pião. As de Serpa têm forma mais delgada, como uma cenoura. A talha da Vidigueira é, para muitos, a mais elegante por ter maior curvatura, assim como as de São Pedro do Corval. Hoje, restam poucos oleiros que ainda produzem talhas.

Os vinhos de talha, assim como outros estilos de vinho produzidos de forma quase ancestral, vivem um renascimento nos últimos anos. A pouca intervenção faz com que sejam vinhos muito francos, de fruta muito presente e direta, e, devido à talha e ao processo de produção, geral - mente apresentam toques ligeiramente minerais e oxidativos. São vinhos que fazem parte da história de Portugal.

JOSÉ PITEIRA - MESTRE DAS TALHAS 

José Piteira, o Mestre das Talhas, começou aos 12 anos a ajudar o seu padrinho, José Amante Baleiro, na atual adega piteira na Amareleja. Aqui aprendeu a fazer os vinhos de talha, aprimorando a sua técnica, lendo tudo o que havia disponível sobre a arte da produção de vinho. Até 1999 dedicou-se exclusivamente a esta técnica ancestral de produção de vinho. Em 2010 esta técnica foi finalmente certificada, e José Piteira é um dos poucos produtores com vinhos de talha certificados todos os anos desde o primeiro ano.

Para apreciar estes vinhos de natureza pura e simplista, que agradam aos paladares mais exigentes, temos disponíveis em nossa loja os artigos José Piteira Vinho de Talha Tinto e José Piteira Vinho de Talha Branco. Experimente ambos e apaixone-se também pela magia dos vinhos de talha.

Comentário
Tradição milenar

Melhores vinhos do Alentejo!

Felipe Cambraia
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